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Filha, Esposa, Mãe, Viúva e Religiosa

 

Seguindo a inspiração de nossa sólida confiança no exemplo e intercessão de Santa Rita, recordemos a História deste ícone da fé cristã: o testemunho de SANTA RITA DE CÁSSIA, que experimentou cinco estados de vida: donzela, casamento, maternidade, viuvez e vida religiosa consagrada. Trata-se de uma referência de consoladora esperança que nos motiva a acolher a vida como dom absoluto de Deus que deve, portanto, ser iluminada pela fé.

Setenta e seis anos (1381-1457) foram suficientes para construir uma exemplar existência, iluminada pela capacidade de amar os próprios inimigos, chegando a trazer na fronte os sinais da caridade e paixão de Cristo. Evocada como padroeira das causas impossíveis, pois nada lhe foi fácil. Seja a conversão do esposo, a preservação da conduta dos filhos e o ingresso na Vida Religiosa Consagrada. Sua memória e intercessão nos inserem no autêntico discipulado de Cristo e reavivam em nós as motivações do ardor missionário.

Marguerita Lotti, “Margarida”, isto é, “Pérola” ou, no diminutivo carinhoso, “Rita”, nasceu em Roccaporena, povoado próximo a Cássia, na Itália. Queria ser Freira, mas teve de fazer a vontade dos pais, que a levaram a se casar com um homem que lhes parecia bom, mas não era.

Casada aos treze anos, teve de ar durante dezoito longos anos os excessos de um marido áspero e violento. Mesmo tendo conseguido sua conversão, ele morreu assassinado. Rita ofereceu a Deus a vida de seus dois filhos, João e Paulo, determinados a vingar a morte do pai. Os dois morreram antes de consumar a vingança. Rita pede então para ser itida no Convento das Irmãs Agostinianas. Diante da recusa, sua fé não lhe permite desistir. Depois de insistir três vezes, foi introduzida milagrosamente no Convento por seus Santos Protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino.

Já no mosteiro, Rita teve o trabalho de regar um galho de uva seco, ela o fez com amor e em pouco tempo voltou a ser uma bela videira. Em suas ações, Rita deixava sempre cair o mel, o cheiro, as migalhas do amor de Deus. Ficou conhecida como “o Anjo de Cássia”, por seu amor à Paixão de Cristo e ao próximo.

Quis compartilhar com Cristo seu sofrimento na cruz, e um espinho na sua fronte traz uma malcheirosa ferida. Enferma, pediu às visitas para que lhe trouxessem de sua casa uma rosa. Diante do rigoroso inverno, a madre superiora disse que Rita estava tendo delírios por causa da febre. Mesmo assim não abandonaram o pedido de Rita. Abismadas, voltaram ao mosteiro com a rosa, a bela rosa que brotou em pleno inverno para glorificar a Deus. Na ocasião de sua morte, o mau cheiro de sua ferida transformou-se em suave perfume. Os sinos começaram a tocar, manifestando a glória de Deus na humildade de Rita, um exemplo de FILHA, ESPOSA, MÃE, VIÚVA, RELIGIOSA.

*Pároco de “Santa Rita de Cássia” em Viçosa

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